Wednesday, April 29, 2009

A dor permeia o ser
raiva emana sem querer
Dor que se confunde com prazer
Ao menos me sinto vivo
Tenho o coração batendo
O sentir sem saber porque
Amor não sente, sem doer
Coração ferido por quem quer bem
Alma rasgada que não pulsa mais
Difícil se expressar assim
O tango insiste em continuar
E eu, em me comunicar

A vida continua, doendo
Eu, calado, continuo
Seguindo, sem rumo
Saindo de casa porque em casa eu não fico
Lá eu fico só
Saio e só, quero continuar
Melhor seria o mundinho
Só que pra lá eu não vou mais
Fico então aqui, em lugar nenhum
O acaso me conquista
A ordem transcende
Mas o que eu quero mesmo
É pegar a Wendy!
Essa vida simples
Mas ao mesmo tempo tão profana
Fumando um cigarro de ouro
Querendo uma seiscentos de brahma...
Em Macaé, em Macaé
As novinhas dão em pé
Se você quer alguém pra conversar
Não tem, não tem mulé
Se eu peco é na vontade de ter
Amor não se tem, só se é
Se vive e se sente
Se conquista, é diferente.
Quem diz que não quer, mente!
E só o que eu sei fazer é mentir
Pra mim e pra todos.
Queria sentir.
Me sinto bobo,
é bobo admitir.
Mas o amor é bobo, tolo.
Sei lá, acho que todo amor é pouco.
Puta que pariu
Tem que ter uma buceta
Eu sei que é feio
Mas é gostoso
Compartilhar testosterona
Pode ser legal
Mas se não tiver uma mulézinha não vale
É surreal
Nessa história de genética
Esqueço a gostosura
Quero uma gostosa
Estilo frenética
Poesia não se lê,
Se escreve
Vem de dentro,
Muito dentro
De você

Quem disse que o que eu quero é o que preciso
E o que não quero, será...?
Será então o que preciso?
Confusão gostosa do pensar, do noiar e do sentir
Do tesão, do prazer, do transar
Eu não quero nada e preciso de tudo
O melhor a fazer é não sonhar
Só viver o prazer hedonista
O melhor é ficar mudo
Sentir o tesão do prazer, trepar
Trepar aqui, ali, acolá

Tuesday, April 14, 2009

Penso Penso Penso
Me sinto escolhendo
Penso
Não preciso de uma
Penso Penso
Talvez as duas...
Paro Penso
Não, acho que nenhuma
Penso Paro

Paro

Falo
Eu quero o trava-língua
Penso
Calo

Três. Três.
Trinta e três.
Vinte e um.
Cafuné.

Pára Pára Pára
Não tenha pressa
Espera

Penso Penso Penso
Cafuné Cafunê

Três Três Três
Três e trinta e três da manhã
O relógio aponta
E volta pra cama

Durmo.
Abraço.
Nagô Nagô Nagô
Nagô Nagô Nagô
Abraço.
Durmo.

Cafuné.