sou um não ser
que existe só de vez em quando
enquanto aceitar essa vida chata
de não-encontros e cem perdões

será que um dia serei?

é, não sei
não sei se quero

O silêncio pulsa em meu peito

Grita

Palavras que antes me eram ditas, não mais

A angústia, refletida, numa gangorra entre nós

Em meses, você

Por horas a fio, eu

Meu egoísmo me envergonha

Nada posso pedir

E nada peço

Escrevo, aflito

Suplicando à sanidade que me resta

Vá, suma, me deixe

E nunca mais faça isso comigo

Fique, apareça, me acolha

E repita, pra sempre, que me quer

Faça tudo ou faça nada

Abraço a mim mesmo e me traio

Me envergonho e te peço

Vida morta que me assombra

Ponha um fim a isto tudo

Ou renasça logo de uma vez

O dia amanheceu triste
e os meus punhos vermelhos de sangue
O mal do mundo está em mim
Sou o inimigo a quem se deve combater

A guerra que eu causo
Só cria perdedores
A dor que eu causo
Machuca a mim mesmo

Minhas ações me pertencem
Embora tudo o que eu queira
É que elas não existissem

Nada disso deveria ter acontecido
Não quero mais ser o inimigo

Por isso elas dizem adeus

Por isso elas dizem adeus
Situações cotidianas
Elas nunca se encaixam
Ninguém quer ver o lado delas

Eu não ligo mesmo
Não me importo com nada
Nada do que pensa me importa

Ninguém pensa em ninguém
Por isso elas dizem adeus

Está nas suas mãos ajudar quem te importa
Mas acho que nunca ligaremos
Gordo, feia, deslocado
Sem graça, pior, preto, viado

Uma merda tão grande
Que não merece qualquer respeito
Só te resta abusar e comprometer

Alguém tão podre
Que não merecia viver

não me importo com isso
desde que você se lembre de mim
e não esqueça o que foi diferente
que não entenda além da gente
como eu nunca entendi

Ê

Ei você,
Do narizinho lindo e empinadinho
Vem cá que eu quero lhe entender
Lhe fazer feliz pra você ver
Me encantar com seu sorriso

Menina linda de se ver
Tanto que me faz esquecer
Alegria é te rever

Vou bater três vezes ao desapego
Me enfiar no teu aconchego
Uivar meu desespero

Esquece seus problemas
E vem curtir a vida
Na próxima esquina a gente vê
Enquanto isso
Vem cá eu e você

Vem, menina
Vem me mostrar você
Vem aqui você que é tão linda
Difícil descrever
Quem é você
Quem é você?

O amor que sinto
Me traz você
Que eu ainda nem conheço
De volta pra mim

balada do amigo

quem é meu amigo
vai entender
sem dor
com muito sorriso

sinta, fale, ajude
olhe, entenda, mude

seu sorriso
abrirá meu coração

sinta, fale, ajude
veja o que pode mudar

Boa noite!
Bom dia!
Hoje?
Amanhã?
Hoje não!
Vou dormir.
Vai dormir.
Beijo, tchau.

Stil-

Desculpa, tomei uma cerveja, fumei uns cigarros. Que praça mais distorcida às 06 horas da manhã, 0600.

Peguei um táxi, fumei um cigarro no táxi, e prossegui.

Enquanto tomo a cerveja que me recomendou após à que não me recomendou, penso que, puta meu, que vacilo.

Puta dia irado. Que doideira essa parada de Macaé, que ri tanto. Aposto que o mesmo sujeito relevou a mesma risada, caso tenha acordado.

Aposto que ainda tem Stil-

Que tudo isso nos tenha feito seguir em frente, seja lá o que isso quer dizer, S-

Magal Show #12, muito bom assistir a essa hora, recomendo. Mas, pra que se lembre, que guarde, dentre tantos poucos, que precisam de receita e eu entendo —

Ah, Stilnox, você é muito óbvia,

Sua beleza se transparece na certeza de tudo.

Você disse, eu e ela vamos nos comer.

E eu acho erradíssimo. E acho certíssimo.

Por que sempre sempre sempre

sempre sempre sempre

Não vemos aquilo que nos é óbvio.

Tudo que eu quero é aquilo que nunca quis admitir.

A bobice momentânea de longa data,

De repente se vê desnecessária,

Numa noite bucólica,

Num amanhecer,

Certo de que não há mais nada a se fazer

A não ser aquilo que todos nós deveríamos fazer

Sermos honestos com esses sentimentos retraídos

Ah, Stilnox, eu sei que não pareceu tão importante,

Mas que importância palavras simples podem ter.

Que a ela sejam importantes as palavras, Stilnox.

E que tudo ainda possa ser bom após tudo.

Se resolver, que seja. Se não,

que eu tenha tentado,

com o que resta do que chamo coração.

Calado

Permaneço calado.
O silêncio gritante em meu coração se reverbera,
Como a quem quer deixar de ser, para aí ser.

Dos meus lábios imóveis, a mais cruel sabedoria.
A que tanto queremos ter, a que a outra não tem.

Mas que explode em madrugadas perseguidas,
relidas, recontadas, repetidas.

Repito, calado, o que tanto falo.
E por pouco não se ouve.

Se acalme, silêncio, se acalme.
Amanhã temos um lindo dia para não falar de outras coisas.

Me sinto amortecido

Entrelaçado em palavras vis

Dor que entristece

Vingativo

Noites sem dormir

Pensando, revoltado

Por que, pra quê?

A amizade se acabou pensando

O amor se acabou revoltado

O silêncio ficou marcado

E o orgulho cresceu, desvairado

E nada mais que o orgulho, importou

Todo o tempo, todo o amor se foi

Em algumas horas, eu senti

Que poderia ser eu, mas não fui eu!

Fui eu, o tolo, que acreditou.

Fui eu que quis.

Foi você que machucou.

Foi você que acabou.

E entre as decepções, fui jogado

Fui a mulher, fui culpado

E você o homem, viril

Querendo pegar outros corpinhos

E o seu amor, apesar de já pequenininho

Lhe impediu ser mais que um menininho

Vai e se extrapola, se entrega

Como comigo não quer mais

Bota a culpa em quem quiser

Mas lembre-se

Foi você:

Que acabou.

Que machucou.

Que não quer mais.

acho que to ficando louco
cade a fantasia nessa realidade sem graça
preso aqui onde nada me acontece

palavras no monitor
palavras no alto falante
e voce, cade?
quem eh voce?

Calma, relaxa.
Loucura é normal,
Louco é quem não se acha louco.
E você? Quem é você, você quer saber?
Você sou eu, nos dias mais normais.

Saudade daquilo

que não se tem

do que não é

Mas poderia ser

E seria lindo

Penso em ti o tempo todo

E vivo o tempo todo sorrindo

Pensando em ti

Será que pensa em mim?

I'm homeless

My bed is a cardboard box

On any street corner, freeway & park I desire

Sometimes it's hard to keep up with a pair of socks

While people are trying to get away when they see

Us on the block

Everything that was in my house is either now

Lost, in storage or in a shopping cart, buggy

My mood depends on the weather, if it's nice or muggy

Or if I eat that day, or not?

At St. Anthony's, Glide, Mother Brown's and

Sometimes the garbage can

Maybe a nice restaurant when I hold out

My cup or hand...

To escape my pain I either drink or get high

That's the only way I know how to get by

I've hit rock bottom a few times in my life

I want so bad to get out of this misery & strife

I walk in dark alley ways

Where dogs and cats have gone astray

Listening to a schizophrenic in disarray

Trying to find his way back home

Talking out the side of his neck and dome

It's hard going from pillar to post

Watching crack and meth-heads chase that white ghost

Leaving behind loved ones who cherish you the most

Broken bottle tops the smell of piss in the air

Sometimes I lose all hope and despair

Caught up so it seems

But I can't lose my thoughts and dreams

One day I will have a place to be where I can call home again

I won't be in jail or the pen

It will be my sanctuary, my place, my domain

Somewhere I can call home again

So don't discard me, because I don't have an address

I'm just homeless

-Nina Clark

Amor à primeira vista

Saudade de você

Que tava logo ali

E acabei de conhecer

Sente tanto em comum

Isso não vai chegar a lugar nenhum

E que venha a decepção

Ou a possível redenção

Me deixe rubro

Seja isso verdade

Que eu esteja errado

Não liga pra dor de cabeça

Vamos fumar um na colomy

Não importa o que aconteça

Só o que eu quero

Mas só o que eu quero

É sorrir, rir...

não há encheção de saco

que perturbe a tranquilidade

de verdade

não há saudade

nem outras palavras lindas

pra lembrar o quanto é lindo o teu lugar

dentre tantos teus lugares

aquele que é mais teu

não há encheção de saco
que perturbe a tranquilidade
de verdade
não há amizade
que encha o saco
há amigos que não sabem o que querem
que entram nesses sentimentos tristes
sujos de dependência
bons amigos são aqueles que falam dos bens
que se fodam dos mals
que realmente sabe que tem
mas que todos têm
chorar só se for de rir
entrar num personagem e fingir
e rir dos outros

Eu não sou ninguém. Acho que sequer vou chegar a ser.

Ser alguém é ter uma memória viva em pessoas que são alguém. Ser memória viva é não ser no ser, que tento ser.

Quem é presente demais na vida das pessoas tende a ficar chato. Acho que é por isso que me chamam de chato.

Se eu sou alguém, eu sou um alguém chato.

Se o teu amor se renega
Eu passo
Não quero amizade, só amor
Só desejo, teu calor
Em teus braços, torpor
Em teu ventre, tesão

Só eu sinto o amor
So eu desejo o amor
Só eu tenho o amor
So eu amo.

I need some golf shoes
Some forrall shoes
I need someone to feel
Someone, just someone
Not someone with big heels
Just somebody who can feel it come

This sweet feeling
So shy, yet high drilling
Not a tattoo, just a feeling
Someone to love
Someone to get what I'd be giving
No, not the fucking same thinking

To hug you would be great
Would be most fulfilling
It would complete
The most inner fillings

To kiss you, to love you
Would be heaven

Não sei como fazer
Não sei como dizer
Meu desejo é indizivel
Incompreensivel
Intragável
Após tantas vezes, tantas vezes, tímido
Mesmo assim, por poesia
Eu, tímido, tento
Quem sabe, conquistar
Algo que parece impossivel
Indominável
Essa menina, essa mulher
Brasileira de todas as formas
Tão linda, tão intragável
Demais pra mim, mas eu tento
Mas eu quero
E se quero

Te beijar seria assim como um desejo
Uma em um milhão
Uma porrada, no coração
Mas não! Não sei como dizer
Não sei como escrever
Não sei como te ter
Só quero

Um beijo

Insegurança

Primeiro com título. =)
Pra ser cantado em blues.

Insegurança

Mais uma vez a mesma história
Do mesmo jeito, na mesma hora
Sem saber porque, mas sem demora
Com muita insegurança, com certeza
E com certeza não dá mais

Que medo é esse
Miséria de esperança
Fartura de amargura
Dolorosa e dura

Não quero desculpa
Não quero papinho
Quero o beijo, teu carinho
Não aguento mais o seu chorinho

Quero ser feliz contigo
A sua amizade com beijinhos
Sinceridade enamorada
Saudade saudável da pessoa amada

E se o problema é você, se resolve
Procura o que sabe que existe aí
É muito complicado admitir e sentir
Mas admite, e me deixa ser feliz
Te amar, e te fazer sorrir

(Ohhh yeahhh)

Sinto o blues
Como num filme
Não tenho o pulso firme
Só um coração, na mão
Sem saber o que sentir

Sinto saudades da poeta
Isso aqui, eu tenho certeza
É pra ela

Ela não sabe
E, no fundo, sei que não quer
Só espero, e desejo
Um beijo

Ah, sei lá, até um queijo mineiro
Um arroz carreteiro

Só me sobra o Blues
Num filme bom
Com um bom som
E a lembrança de uma mulher

Que sem saber, me mostrou tudo
Um novo som
Um novo viver
Claro, sem saber
Só vivendo o seu viver
Disseminando o saber
Sem saber

Me fica só a lembrança
Do que fazer, saber e viver
E viver é o que sei saber fazer

Como terminar eu não sei
Como dizer, eu não sei
Como te falar, eu não sei
Como te mandar... eu não sei.

Espero que goste, como eu gosto do blues.
Espero que sinta, como eu sinto o blues.

No ritmo da festa
Nos entregamos aos vícios
Nossos vícios nos entregam
Adormecidos vivem os que não são
Entorpecido eu fico
Acabo ficando ali
No sofá, escrevendo em vão
Só me resta rir
Só fazem rir
Desbravando a mesma coisa de sempre

Cuidado
Alguém pode escrever algo errado
A música não colabora, contribuindo às loucuras do íntimo

Red Bull pra mostrar vetores
Trapalhadamente traçar as retas no quadro

Não acredito nessas coisas... Acredito na doideira aleatória que podemos ser, que sou

Amor, eu digo

Uso a palavra amor

Ela responde:

Amor? Não tem amor entre a gente!

Eu pergunto:

Quantos amores existem?

Quais tipos podem vir a existir?

Não seja presunçosa

Não vire um presunto

ócio

insônia

dúvida

duvida?