Saturday, December 14, 2013

Calado

Permaneço calado.
O silêncio gritante em meu coração se reverbera,
Como a quem quer deixar de ser, para aí ser.

Dos meus lábios imóveis, a mais cruel sabedoria.
A que tanto queremos ter, a que a outra não tem.

Mas que explode em madrugadas perseguidas,
relidas, recontadas, repetidas.

Repito, calado, o que tanto falo.
E por pouco não se ouve.

Se acalme, silêncio, se acalme.
Amanhã temos um lindo dia para não falar de outras coisas.

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